Sua causa não é totalmente esclarecida, mas é sabido que fatores genéticos e hereditários, juntamente com fatores ambientais, podem favorecer o surgimento do pterígio.
Dentre os fatores ambientais, encontra-se a exposição ao sol (raios ultravioletas – UVA e UVB), principalmente nas regiões tropicas. Outros fatores como poeira, vento e a irritação crônica do olho aparentemente exercem um importante papel na etiologia do pterígio.

Normalmente, com o desenvolvimento do pterígio, podem aparecer sintomas relacionados a fotofobia (sensibilidade aumentada à luz), ardência nos olhos, prurido (coceira), sensação de areia e olho vermelho.
O Pterígio pode estabilizar no seu crescimento ou as vezes evoluir até alcançar o centro visual. Entretanto, com a evolução sobre a córnea, alteração na visão como vista embaçada e/ou visão dupla podem surgir.

O tratamento depende do tamanho do pterígio vai depender, da evolução e dos sintomas que ele apresenta. Existem dois tipos de tratamento: tratamento conservador (com uso de colírios) e cirurgia.
O tratamento conservador com uso de colírios é recomendado quando a lesão causa muita irritação ou vermelhidão, na tentativa de alívio dos sintomas. Todavia, este tratamento conservador não apresenta capacidade de fazer o pterígio regredir, sendo a remoção cirúrgica o único tratamento comprovadamente eficaz.
A cirurgia do pterígio é necessária apenas quando o uso do medicamento não alivia as dores e vermelhidão, ou quando o pterígio causa perda de visão. O procedimento é feito através remoção da inflamação e preenchido com o próprio tecido dos olhos ou enxertos. Existem uma variedade de técnicas cirúrgicas, sendo que algumas delas, são consideradas melhoras e com risco menor de recidiva.

A cirurgia de exérese de pterígio (remoção do pterígio) é realizada em ambiente cirúrgico, não sendo necessário internação. É feito com anestesia local e possui uma variedade de técnicas cirúrgicas como: exérese de pterígio com auto transplante conjuntival; exérese de pterígio com esclera nua; exérese de pterígio com rotação de retalho. A fixação do auto transplante conjuntival pode ser realizada através de sutura com fios ou nas técnicas mais modernas com uso de uma cola biológica (“adesivo selante de fibrina”). Entretanto, a técnica mais utilizada é a exérese de pterígio com auto transplante conjuntival e uso de cola biológica, não sendo necessário a retirada de pontos no pós-operatório. Essa técnica diminui a taxa de recidiva do pterígio, entretanto não descarta totalmente a possibilidade, sendo em pacientes jovens os maiores índices.